Pois é, depois de 29 anos o Santos foi campeão da Copinha de novo.

Não acompanhei da forma devida o torneio devido ao meu trabalho, mas sempre acompanhei o que podia, via internet ou mesmo na tv, apesar da organização quase sempre programar os jogos da equipe para os horários mais impróprios para quem trabalha. Mas o fato é que dentro do possível acompanhei a campanha.

Ontem, mesmo não sendo feriado aqui, consegui assistir parte do jogo, justamente quando o Goiás reagiu, diminuiu o placar e quase empatou, com um pênalti que foi desperdiçado pelo meio campista esmeraldino. Depois desse lance, o alvinegro voltou a dominar a partida e pouco depois matou o jogo com Giva anotando o terceiro gol.

O time foi bem montado e, como já atua junto há pelo menos um ano, entrosado, isso foi um fator que ajudou na caminhada, mas tem que se reconhecer que em alguns jogos decisivos sobressaíram-se jogadores importantes no elenco, como o goleiro Gabriel que defendeu três pênaltis nas quartas de finais, Neilton que arrasou a defesa adversária nas semifinais e Giva oportunista e artilheiro, que marcou o gol que sacramentou o título.

Não sei qual a relação completa dos jogadores que disputaram a Copinha, por isso parabenizo a todos através de sua escalação na partida decisiva e que deu o segundo título do torneio mais tradicional da categoria.

Parabéns: Gabriel, Alison, Wallace, Jubal e Emerson, Lucas Otávio, Leandrinho, Pedro Castro e Léo Citadini (Paulo Ricardo), Neilton (Lucas Crispim) e Giva (Diego Cardozo).

Elenco Campeão

Vamos lá, falar da final.

Tricampeão, como era o esperado em função do primeiro jogo.

Mas, foi difícil, foi complicado, pelo menos o primeiro tempo.

Placar aberto antes dos 2 minutos, o certo seria dizer que fatura fechada, certo?

Errado, logo aos 4 minutos empate numa falha da Muralha da Vila, os alviverdes vivos novamente.

Pouco depois, pênalti, gol do artilheiro do campeonato, novamente acabou o jogo?

Não, graças a uma falha dupla, de Elano e Durval (que NUNCA falha), novo empate.

Primeiro tempo tenso, mas não saíram mais gols até o intervalo, com predominância campineira.

Muricy deve ter se descabelado para acordar o time no intervalo, pois eles voltaram jogando mais sério.

Souberam empurrar os ponteiros do relógio, passar o tempo, “cozinhar o Bugre”.

Neymar, de novo ele, agora sim, a fatura acabou, trinta e poucos minutos do segundo tempo e com a vitória nas mãos, de novo título com vitória.

Depois disso, enrola, faz o tempo passar, Ganso para Neymar, para Ganso, que domina a bola, atrai três marcadores, enerva os adversários.

Para finalizar, uma jogada rápida, Alan Kardec, que já havia aberto o placar, escapa na cara do goleiro, pedala (jogada certa no clube certo, pedaladas eternas), fica só ele e a trave, ele treme como poucos, só rola a bola e fecha o campeonato com um golaço.

Tá, meu momento de euforia já foi, agora ver o presente.

Como eu disse, não sou de desdenhar títulos, mas a qualidade técnica dos campeonatos estaduais é baixa, não dá para se enganar, ser campeão estadual (mesmo no mais disputado deles) não é garantia de um resto de temporada bom, tem que olhar, ver os erros e corrigi-los para manter uma qualidade e suas chances para disputa de novos títulos.

Acredito que o Muricy fará isso, ele aprendeu com os melhores, sabe bem sua profissão (não sou eu que irei ensiná-lo), agora e baixar a poeira que quinta tem o Velez pela frente e no fim de semana o Campeonato Brasileiro.

Mas para acabar quero dizer:

SANTOS TRICAMPEÃO ESTADUAL.

SANTOS CAMPEÃO NO ANO DO CENTENÁRIO (orgulho que nem todos podem ter).